Dispositivo magnético permite a separação entre os globos vermelhos e brancos.
Os celulares estão cada vez mais incorporam funcionalidades importantes para facilitar o nosso dia a dia e são computadores portáteis, incrivelmente poderosos, que podem ser usados não apenas para postar selfies e jogar jogos, mas também para ajudar a salvar vidas.
Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores americanos decidiu investir nesses aparelhos para aplicações biomédicas e permitir que seu smartphone meça os níveis de glóbulos brancos e vermelhos de uma amostra sanguínea, e assim ajudar no diagnóstico precoce de algumas doenças.
O sistema de diagnóstico é baseado em levitação magnética (I-LEV). A câmera do celular deve ser posicionada sobre a lente de aumento do dispositivo, e uma pequena amostra de sangue é colocada em um tubo e misturada com gadobutrol, composto químico com propriedades paramagnéticas, ou seja, ele é ligeiramente atraídos pelos campos magnéticos. A amostra fica posicionada entre dois imãs dentro do dispositivo.
O campo magnético faz com que as células flutuem e sejam separadas, e, em apenas 15 minutos o celular consegue fazer a medição da densidade dos glóbulos no sangue.
Esse dispositivo tem um enorme potencial para contribuir para a saúde pública em ambientes de recursos limitados, onde há uma necessidade de análise rápida e com tecnologias mais acessíveis. Ele pode ajudar a diagnosticar e monitorar pacientes que sofrem de doenças raras, como a anemia falciforme, talassemia e síndrome da fadiga crônica.
“Desenvolvemos um método para medir as densidades celulares com precisão a nível de uma única célula e separá-los com base em um equilíbrio entre seu peso e as forças magnéticas”, disse o co-autor Utkan Demirci, engenheiro biomédico na Universidade de Stanford.
Os pesquisadores observaram que i-LEV poderia fazer mais do que apenas medir os níveis de células de sangue. Por exemplo, nas pesquisas anteriores descobriram que as células cancerosas e células infectadas levitam de forma diferente que as células saudáveis. A invenção também pode ajudar a monitorar os efeitos das drogas sobre as células para aplicações de pesquisa.
O i-LEV é panteteado, mas essa tecnologia vai levar alguns anos de desenvolvimento até chegar a comercialização.
Caroline Ramos
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