As ondas de superfície Dyakonov-Voigt representam oportunidades para diversos avanços na tecnologia.
Recentemente, o cientista Dr. Tom Mackay, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e os seus colegas da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriram um tipo até então desconhecido de onda eletromagnética: a onda de superfície Dyakonov-Voigt, nomeada em homenagem a dois importantes cientistas.
O time de pesquisadores fez o achado enquanto analisava como a luz interage com certos cristais, naturais ou produzidos pelo homem. Assim, eles observaram que as ondas de superfície Dyakonov- Voigt são produzidas em uma região específica, também conhecida como interface, em que os cristais se encontram com outros materiais, como óleos e água, e podem ser alcançadas utilizando apenas determinadas pedras, cujas propriedades óticas dependem da direção na qual a luz passa através delas.
Para identificar as características únicas dessas ondas eletromagnéticas, o time utilizou modelos matemáticos que incorporavam equações desenvolvidas pelo renomado matemático e físico James Clerk Maxwell. Outro fato curioso sobre as ondas Dyakonov-Voigt é que elas diminuem conforme se movem para longe da interface – um processo chamado de “declínio” – viajando apenas em uma única direção, enquanto outros tipos de ondas de superfície decaem mais rapidamente e viajam em múltiplas rotas.
Mas, qual é a usabilidade que essa descoberta pode ter no cotidiano? As mais diversas, incluindo melhorar os biossensores utilizados para analisar amostras de sangue ou até mesmo o desenvolvimento de circuitos de fibra ótica que transferem dados com mais eficiência. “As ondas de superfície Dyakonov-Voigt representam um passo além em nosso entendimento de como a luz interage com materiais complexos e oferecem oportunidades para uma série de avanços tecnológicos”, finalizou o Dr. Mackay.
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Daniela Baptista
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